sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Caranguejeiras


Caranguejeiras

São várias as espécies de aranhas que chamamos de caranguejeiras; porém, apesar de seu grande porte (podem chegar até 30 cm de envergadura), não oferecem perigo quanto ao seu veneno, que é pouco potente e causa dor local discreta. Está relacionada às aranhas de interesse médico porque os pelos que recobrem seu corpo em grande quantidade podem provocar alergias na pessoa que, eventualmente, entre em contato com ela. Esses pelos são liberados pelo animal quando, numa atitude defensiva, raspa as patas traseiras no dorso do abdome, soltando-os e formando uma espécie de "nuvem". Pequenos animais, como cachorros e gatos podem morrer por inalarem tais pelos, que provocarão edema do trato respiratório, matando-os por asfixia.São encontradas em todos os tipos de ambientes: matas, praias, desertos etc. Não são agressivas, procurando fugir no primeiro momento de contato, assumindo uma postura defensiva, se continuar a ser molestada.

ARANHA CARANGUEJEIRA

· Informações gerais:

As aranhas caranguejeiras são distribuídas em diversos gêneros e famílias, sendo representadas nas Américas pela subordem Orthognatha (Mygalomorphae). São também conhecidas como “tarântulas” (EUA), “reventa caballos” (América Central e México) ou “arañas pollito” (Argentina e outros países de língua espanhola).

Aranha caranguejeira. (Fonte: folheto “Acidentes com Animais Peçonhentos” – Instituto Butantan).

Pertencem a esta subordem as maiores aranhas caranguejeiras conhecidas, pertencentes à família Theraphosidae, como por exemplo a aranha Theraphosa leblondi, que atinge até 10 centímetros de corpo e 70 gramas de peso total, e também a aranha Grammostola mollicana, que pode atingir um comprimento total de até 35 cm (maior do mundo).

Theraphosa leblondi. (Reproduzido do livro: Soerensen, B. – Acidentes com Animais Peçonhentos, Editora Atheneu, São Paulo, 1997).

As caranguejeiras são encontradas em ambientes quente e úmido. As grandes Theraphosinae vivem em troncos de árvores podres, junto a raízes, em buracos naturais ou cupinzeiros, revestindo sua toca e arredores com seda. As Aviculariinae (Avicularia, Ephebopus) podem ser encontradas em árvores, muitas vezes a grandes alturas do solo, ou em bromélias que crescem no alto das árvores. As Dipluridae tecem tubos de seda no meio de camadas de folhas caídas no chão, em barrancos ou junto a raízes de plantas. As Ctenizidae cavam o solo, vivendo em túneis. As Actinopodidae também cavam o solo, porém fechando a entrada de sua moradia por meio de um opérculo.

Geralmente possuem hábitos noturnos, apresentando variações em seus comportamentos, podendo existir espécies extremamente agressivas. Quando ameaçadas, apresentam o comportamento de esfregar suas patas posteriores no abdômen, lançando uma enorme quantidade de pêlos urticantes, que podem ocasionar irritações na pele ou mucosa.

Tipos de pêlos liberados pelas aranhas caranguejeiras da sub-família Theraphosinae. (Reproduzido do livro: Soerensen, B. – Acidentes com Animais Peçonhentos, Editora Atheneu, São Paulo, 1997).

· Veneno e mecanismos de ação:

Observam-se variações no veneno e mecanismos de ação das aranhas caranguejeiras presentes em nosso meio.

Alguns exemplos:

Theraphosidae sul-americanas (Acanthoscurria, Lasiodora, Grammostola) = efeito curarizante sobre animais de laboratório. O modo de ação do veneno varia, dependendo do grupo zoológico a que pertence o animal picado.

Lasiodora parahybana – aranha caranguejeira encontrada na região nordeste do Brasil. (Fonte: site Bioterium – http://www.bioterium.com.br).

Trechona venosa (Dipluridae) = efeito neurotóxico sobre animais de laboratório.

· Clínica:

A grande maioria das espécies desta subordem apresenta peçonha que causa pequena repercussão clínica, quando inoculada em seres humanos.

Desta forma, é relatada dor local leve, no momento do acidente, com eritema e edema insignificantes. A regressão do quadro ocorre após 1 hora ou 2 horas.

As caranguejeiras apresentam maior importância médica quando se refere aos pêlos urticantes, presentes no abdômen das mesmas. Estes pêlos podem causar reações de hipersensibilidade, com prurido cutâneo, mal estar, tosse, dispnéia e broncospasmo.

· Tratamento:

Este depende da intensidade da reação, geralmente realizado a base de pomada de corticosteróides. No caso de ocorrência de reações de hipersensibilidade – com manifestações clínicas sistêmicas – está indicado o uso de anti-histamínicos, na dose de 1 ampola por via intramuscular, em adultos (em crianças = 0,1 mg/kg a 0,5 mg/kg de peso corporal).

ABRIGOS

- Constroem tocas como refúgios.
- Matas, praias, desertos, etc.

PREVENÇÃO E CONTROLE

- limpeza periódica de terrenos, jardins, quintais, interior das residências (vãos, cantos, forros, porões e etc.).

PRODUTOS PARA CONTROLE

Para controle residencial existem vários produtos de venda livre encontrados no comércio em geral:


Nome Científico: Vitalius sp.

Nome em inglês: Tarantula.

Ordem: Aracnideo.

Família: Theraphosidae.

Habitat: Florestas.

Distribuição Geográfica: Sudeste e centro-oeste do Brasil.

Caracteristícas: Corpo dividido em duas partes: cefalotórax e abdomem e possui quatro pares de patas.

Incubação: 1 à 5 meses.

Número de Ovos: 170 à 200.

Alimentação: Pequenos animais (insetos/anfíbios/roedores).

Curiosidades: Muda de pele ao crescer, e esta mudança se chama ecdise. Quando adulta após a refeição, pode jejuar alguns meses. Já quando jovem, em fase de crescimento, come quase que continuamente, só descansando 10 dias antes da mudança de pele e 5 a 7 dias após tal mudança.

Alerta: Apesar de não ser peçonhenta, sua picada provoca dor intensa.